segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Santa Faustina Kowalska

Hoje, 5 de outubro, a Igreja Católica celebra a memória de Santa Faustina Kowalska. Conhecida como Santa Faustina, esta santa nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia. 

Santa Faustina (Foto: Reprodução)

Na sua mocidade, sentiu-se chamada para a vocação religiosa, e decidiu contar para os pais que queria entrar em um convento, mas os pais opuseram. A partir daí, deixou-se levar pelas diversões mundanas até que, estando em um baile com sua irmã,  Faustina teve uma visão de Jesus flagelado que lhe dizia: Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?” (Diário, 9).

No íntimo, ela sabia que havia sido chamada para ter uma vida religiosa. Entretanto, ela não queria se opor aos pais, mas diante da visão que Faustina teve de Jesus, ela não tinha mais dúvidas.

Faustina decide entrar no convento. Bate em várias portas até ser acolhida no dia 01 de agosto de 1925 na clausura do convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em Varsóvia. Faustina era sempre designada ao trabalho físico, por exemplo, a santa trabalhava na cozinha, na padaria, no jardim... Mas fazia tudo com amor.

Em 1931, Jesus apareceu para Faustina como o Rei da Misericórdia. Com uma túnica branca e emanando dois grandes raios do lado dele, um branco e um vermelho, Ele pediu a Faustina para pintar essa imagem junto com a frase “Jesus, eu confio em Vós” e espalhar a mensagem de misericórdia ao mundo.

Imagem da Divina Misericórdia (Foto: Reprodução)

"As almas que divulgam o culto da minha misericórdia eu as defendo por toda a vida como uma terna mãe defende seu filhinho e, na hora da morte não serei juiz para elas, mas sim o salvador misericordioso" (Diário, 1075)

“O raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas. Ambos os raios jorraram das entranhas da Minha misericórdia, quando na Cruz o Meu Coração agonizante foi aberto pela lança (...). Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus” (Diário, 299).

"Cristo vem em nossa direção, como vemos na imagem da Divina Misericórdia. Ele é a aliança entre Deus e o homem, e é disso que o diabo tem medo. Nessa imagem Ele é Único, de modo que se o retirássemos, estaria apenas a escuridão. E é exatamente assim a alma de uma pessoa que renega Deus"


Além disso, Deus concedeu visões do purgatório, inferno e céu a Santa Faustina, por finalidade, alertar todos os seres humanos: "Estou escrevendo por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há inferno ou que ninguém esteve lá e não sabe como é", disse Santa Faustina.

 1. O purgatório
Uma noite, “vi o Anjo da Guarda que me mandou acompanhá-lo. Imediatamente encontrei-me em um lugar enevoado, cheio de fogo, e, dentro deste, uma multidão de almas sofredoras. Essas almas rezavam com muito fervor, mas sem resultado para si mesmas; apenas nós podemos ajudá-las”,

“E perguntei a essas almas qual era o seu maior sofrimento. Responderam-me, unânimes, que o maior sofrimento delas era a saudade de Deus. Vi Nossa Senhora que visitava as almas no Purgatório. As almas chamam a Maria ‘Estrela do Mar’. Queria conversar mais com elas, mas meu Anjo da Guarda fez-me sinal para sair. Saímos pela porta dessa prisão de sofrimento. [Ouvi então uma voz interior] que me dizia: ‘A Minha misericórdia não deseja isto, mas a justiça exige’.


2. O inferno
"Hoje, conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do Inferno. É um lugar de grande castigo, e como é grande sua extensão. Tipos de tormentos que vi: O primeiro tormento que constitui o Inferno é a perda de Deus; o segundo, o contínuo remorso de consciência; o terceiro, o de que esse destino já não mudará nunca; o quarto tormento, é o fogo, que atravessa a alma, mas não a destrói; é um tormento terrível, é um fogo puramente espiritual aceso pela ira de Deus”

“O sexto é a continua companhia do demônio; o sétimo tormento, o terrível desespero, ódio a Deus, maldições, blasfêmias. São tormentos que todos os condenados sofrem juntos, mas não é o fim dos tormentos. Existem tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada alma é atormentada com o que pecou”.

"São tormentos que todos os condenados sofrem juntos. mas não é ó fim dos tormentos. Existem
tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada alma é atormentada com o
que pecou, de maneira horrível e indescritível. Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de
castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido vendo esses terríveis tormentos,
se não me sustentasse a onipotência de Deus. Que o pecador saiba que será atormentado com o sentido com que pecou, por toda a eternidade. Estou escrevendo por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há inferno ou que ninguém esteve lá e não sabe como é".


3. O céu
“Hoje eu estava no Céu em espírito e assisti a inconcebível beleza e felicidade que nos aguarda após a morte. Eu vi como todas as criaturas louvam e glorificam continuamente a Deus. Eu vi o quão grande é a felicidade em Deus, que se espalha para todas as criaturas, tornando-as felizes e se voltando para a fonte de toda a glória, o honrando com felicidade, entram nas profundezas de Deus, contemplando a vida interior do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Essa fonte de felicidade é imutável em sua essência, porém sempre nova, exalando felicidade em toda a criação. Eu entendo agora São Paulo, que disse: “nem o olho viu, nem o ouvido ouviu ou entrou no coração do homem, que Deus preparou para aqueles que o amam”. (I Cor 2, 9).


Para quem não sabe, Santa Faustina tem um diário espiritual, conhecido mundialmente como "Diário de Santa Faustina" disponíveis em várias lojas. Vale muito a pena tê-lo, Santa Faustina conta a história de sua vida, desde a infância em família até sua entrada a vida religiosa e as revelações feitas por Jesus Misericordioso

Santa Faustina sofreu muito por causa da tuberculose que a atacou. Os dez últimos anos de sua vida foram particularmente atrozes. No dia 5 de outubro de 1938 sussurrou à irmã enfermeira: “Hoje o Senhor me receberá”. E assim aconteceu.

Beatificada a 18 de abril de 1993 pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”, foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000

Oh sangue e água que jorrastes do coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em vós. JESUS, EU CONFIO EM VÓS!

Santa Faustina, rogai por nós!





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