segunda-feira, 5 de julho de 2021

Mt 9, 18-26

18Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele, e disse: “Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá”.
19Jesus levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. 20Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra do seu manto. 21Ela pensava consigo: “Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada”. 22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: “Coragem, filha! A tua fé te salvou”. E a mulher ficou curada a partir daquele instante.
23Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada, 24e disse: “Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo”. E começaram a caçoar dele. 25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda aquela região


A mulher hemorrágica tocando na veste de Jesus (Foto: Reprodução)

Reflexão:

No Evangelho de hoje está presente dois milagres de Jesus, no qual duas mulheres são reintegradas a vida. O primeiro milagre realiza-se por meio da fé da mulher que sofria hemorragia há doze anos, fé esta que ela pensava em apenas tocar na veste de Jesus e ela estaria curada. A mulher hemorrágica nos ensina a ter fé e enxergar Jesus como uma fonte de força, de cura. A fé é fundamental em nossa caminhada. Ela brota a partir da nossa espontânea vontade de aceitar Jesus, o Filho de Deus Criador de todas as coisas, e n'Ele depositar a esperança. Ora, "sem fé é impossível agradar a Deus" (cf. Hb 11, 6). Os milagres, as curas, as libertações, os frutos da Eucaristia, só acontecerão se tivermos fé, "pois quem dele se aproxima deve crer que ele existe e recompensa os que o procuram" (cf. Hb 11, 6).

O outro milagre acontece com a filha de Jairo. Quando acontece algo grave com alguém que amamos, logo procuramos a cura. E a figura de Jairo acontece exatamente isto, aos seus olhos sua filha acabava de morrer, mas a fé fez com que ele fosse ao encontro do Autor da Vida e o suplicasse: "mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá" e assim aconteceu, a filha de Jairo foi reintegrada a vida, pois para Deus nada é impossível. A pergunta que fica para nós refletirmos, será que temos fé nos momentos de angústias, de dor, de sofrimento? Peçamos ao Deus da Vida que renove cada dia a nossa fé, para sempre acreditarmos nos momentos de angústias e incertezas. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Como vencer a masturbação

Não é fácil vencer a masturbação num mundo onde a cultura do sensualismo está cada mais vez maior. Lamentavelmente, presente com maior facilidade na internet. Contudo, esses são 3 passos para vencer esse pecado mortal muito comum entre os jovens. Só venceremos o mundo quando desapegarmos dele. "Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está  nele o amor do Pai" (1Jo 2, 15). O cristão feliz é aquele que perde a afeição pelas coisas terrenas, optando, somente, o apego pelas coisas de Deus. "No mundo, tereis aflições, mas tende coragem! Eu venci  o mundo" (Jo 16, 33). A masturbação é algo mundano e quem prática esse ato está pecando contra a castidade, sexto mandamento da Lei de Deus. "A masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado" (CIC, 2352), ou seja, pecado mortal. Para formar um justo juízo, o Catecismo no parágrafo 2352 deixa evidente que, por fatores de imaturidade afetiva, a força dos hábitos contraídos, o estado de angústia ou outros fatores psíquicos, o pecado é atenuado. Entretanto, não deixa de ser pecado e precisa ser confessado.


- Vida de oração
"Foi pela oração que Jesus venceu o tentador desde o princípio e no último combate de sua agonia" (CIC, 2849)

Não há como resistir a tentação senão pela oração. Já dizia o saudoso Dom Henrique Soares, um cristão que não reza é ateu. Somos chamados a ter uma vida de oração contínua. Ora, como podes um soldado ir a guerra sem armas? Assim é o cristão, como podes vencer a tentação, a guerra espiritual, sem o Rosário em mãos? O apóstolo Paulo nos convida a ser imitadores de Cristo (Ef 5, 1). Jesus na sua agonia no monte das Oliveiras, nos diz: "Orai, para não cairdes em tentação" (Lc 22, 40). A trajetória de Jesus na terra foi de ensinamentos, exemplos e modelo perfeito de santidade. Destarte, devemos seguir a exortação do apóstolo Paulo que  nos convida a imitar Jesus Cristo. "Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo" (1Cor 11, 1). Meditando a agonia de Jesus no monte das Oliveiras, vemos que é de suma relevância orarmos para não cair em tentação. 

O ser humano, por natureza, é fraco, frágil e necessita da mediação de Deus. Nascido com a mancha do pecado original, tem a inclinação para o pecado. Por isto, a nossa vida é uma luta constante.

É necessário ter uma vida de oração, isto é, intimidade com Deus diariamente. A oração é capaz de nos transformar, porquê à oração é o canal que nos leva a está mais perto de Deus. E o próprio Jesus não rejeita a alma que quer mudança de vida. Nesse sentido, se  a oração é sincera e perseverante, com o arrependimento dos seus pecados e o anseio de mudar de vida, a conversão não tardará. Desse modo, é de suma importância está em comunhão constantemente com Deus através da oração. Logo perceberemos os frutos do Espírito de Deus na pobre alma que deseja mudar de vida. Quando o quadro da nossa vida é outro, é de buscar está mais próximo de Deus, presenciaremos comentários contra nossa pessoa. Viver conforme a vontade de Deus não é ser indiferente das demais pessoas, é, de fato, viver corretamente, rejeitando aquilo que nos faz mal e nos afasta de Deus: o pecado. A íntima relação com Jesus é quando aquilo que falamos, isto é, das suas maravilhas e frutos, condiz com a nossa vida. Rezar é buscar intimidade com Deus.


- Fugir do sensualismo 
"Fugi da imoralidade sexual" (1Cor 6, 18)

Infelizmente, um dos elementos que contribuem para o avanço da masturbação, sobretudo entre os jovens, é o desconhecimento da modéstia. No atual mundo em que vivemos, onde a cultura do exibicionismo, lamentavelmente, se alastra, o diabo aproveita para intensificar ainda mais essa cultura, semeando uma das grandes mentiras no meio das mulheres: "Meu corpo, minhas regras". Contrariando aquilo que é templo de Deus, o nosso corpo. De fato, o corpo não foi feito para ser mostrado, mas para ser guardado. Por essa razão, faz-se necessário cultivarmos a virtude do pudor, mesmo estando, ao nosso redor, cercado pela imodéstia. Não podemos ser pedra de tropeço para o próximo. Mesmo que você, mulher, indeliberadamente não queira levar o próximo à pecar contra a castidade, de certa forma acaba levando e sendo cúmplice do pecado. Com efeito, o pecado maior é daquele que consentiu, mas de certa de forma, a mulher que leva o próximo à pecar pela imodéstia, acaba sendo, mesmo involutariamente, colaboradora do pecado. É preciso se distanciar do erotismo, porquê, infelizmente, ele se faz presente com veemência no mundo atual, sobretudo nas redes sociais. É dever não só daqueles que praticam a masturbação, mas de todos aqueles que querem buscar a santidade, desfazer a amizade com os perfis, seja de homem ou mulher, que te fazem cair no pecado. Nos livrar do sensualismo, é um passo para buscar a santidade e evitar a masturbação.


- Sacramento da Confissão
"A quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados" (Jo 20, 23)

O sacramento da confissão não é somente  uma simples absolvição dos pecados, como muitos pensam. Mas, na realidade, é um remédio para curar aquilo que nos  inquieta. É, sem dúvidas, a misericórdia jorrando do coração de Jesus nas feridas causadas pelos nossos pecados. O pecado destrói a caridade, o amor, a esperança, e conforme o pecado continua sendo praticado, a luz de Cristo, infelizmente, vai sendo tomada pela escuridão. Dessa forma, não sentimos a luz de Deus, o seu amor, nem a sua presença, pois o pecado maculou a alma, assim nos tornamos a presença de Deus oculta pelas nossas iniquidades. Consequentemente, as trevas ganharam forças e é quase que impossível  não resistir ao pecado, à concupiscência da carne. Quando a alma atinge esse ponto, aos olhos humanos, a conversão é impossível, mas divinamente, a misericórdia de Deus quer jorrar nele.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Mc 1, 40-45

Naquele tempo, 40um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me”. 41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero: fica curado!” 42No mesmo instante, a lepra desapareceu, e ele ficou curado. 43Então Jesus o mandou logo embora, 44falando com firmeza: “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!” 45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo.

Jesus e o leproso (Foto: Reprodução)

Reflexão sobre o Evangelho:

Sem dúvidas, Jesus pode purificar as nossas enfermidades espirituais. Entretanto, é necessário que tenhamos fé para acontecer o sobrenatural de Deus em nossas vidas. É uma promessa de Jesus: "Eu quero"(v.41), o Salvador quer purgar a nossa alma dos pecados cometidos por nós. Jesus quer jorrar, abundantemente, a Sua graça sobre nós. Ele é fonte sedenta por nós: Deus tem sede de que nós tenhamos sede dele” (CIC 2560). De fato, Cristo não necessita do auxilio humano, mas o seu amor é incondicional por cada criatura que criou à sua imagem e semelhança. Nessa perspectiva, do seu amor infinitamente misericordioso, Ele quer derramar a Sua benção e graça sobre seus filhos. Contudo, fechamos, deliberadamente, a porta do nosso coração, o qual ele quer entrar e fazer morada. Por isto, não percebemos e nem notamos o seu amor e sua presença, pois o pecado apaga a luz de Deus e, consequentemente, a nossa vida fica em trevas. Devemos e necessitamos da mediação de Deus. Em suma, só iremos notar a presença de Deus, se esvaziarmos de nós mesmos. Dessa forma, perceberemos a cura de nossas enfermidades espirituais, pois Jesus se move de compaixão e estende a sua mão naqueles que estão contritos e ajoelhados em sua presença.


João Batista, um exemplo de santidade e humildade, nos da o testemunho humildade e de esvaziamento: "Que ele cresça e eu diminua" (Jo 3,30)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Natal do Senhor

Esperança, é a palavra que deve estar em nossos corações. Vivamos bem este Santo Natal e peçamos ao Menino Jesus, a sua luz para que nós não caiamos nas trevas.

Nascimento de Jesus (Foto: Reprodução)

 Este é um dia muito especial, não apenas para os cristãos, mas para toda a humanidade. É o dia em que o Verbo se fez carne, se fez pequeno, se fez criança (cf. Mt 18 1-4). Este é o dia que a Luz veio para dissipar as trevas, e assim, salvar a humanidade de suas iniquidades. Jesus Cristo, o Deus único e verdadeiro, na sua imensurável misericórdia, nasceu sob o poder do Espírito Santo, no ventre da Virgem Maria. "Ela deu à luz o seu filho, primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lc 2, 6-7). O Filho do Homem poderia ter nascido em um lugar digno, pois era Deus que se encarnava, poderia até mesmo nascer em, podemos imaginar, um palácio, um lugar luxuoso. Mas não, Ele, ainda recém-nascido, nos mostra a humildade e simplicidade. Jesus Cristo, ainda recém-nascido, nos mostra que, a simplicidade é agradável a Deus Pai. Nenhuma criança é digna de nascer em uma manjedoura, onde é depositado comida aos animais. No entanto, "o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e da sua vida em resgate por muitos (Mt 20, 28)". Ele veio para salvar-nos dos nossos pecados e mostrar aquilo que agrada a Deus. Devemos aprender com Jesus, pois Ele deixou o exemplo a ser seguido: nasceu em um lugar simples, sofreu, rezou muito, foi difamado, foi flagelado, e morreu de forma humilhadora. Para entrar no Reino do Céu é preciso sofrer muito. Se quisermos a salvação, temos que renunciar a si mesmo e tomar a cruz de cada dia (cf. Lc 9, 23). Se queremos entrar para o serviço no Reino de Deus, é preciso preparar a nossa alma (cf. Eclo 2).

Hoje a Igreja e o Céu celebra este dia tão especial. É relevante lembrar que o Natal não se resume em presentes, banquetes ou festas. O Natal é o dia que nós, cristãos, precisamos pedir ao Menino Jesus que renove a nossa esperança, a nossa vida, e que ilumine os nossos corações. E também pedir a Sagrada Família, a união de toda as famílias, que no âmbito familiar elas possam está em paz, em harmonia e em união. Que todas as famílias possam semear o amor e viver segundo a vontade de Cristo. Não podemos esquecer que o Natal é o dia solidário. O Papa Francisco nos exorta a ser menos consumista e pensar naqueles que não tem família, nos empobrecidos e nos marginalizados. Que todos nós possamos fazer obras de misericórdia ou doar alguma peça de roupa para ajudar aqueles que não tem. Jesus Cristo nos deu a salvação gratuitamente, sem esperar algo em troca, nos deu por amor a nós. Que nós também, sejamos generosos e solidários com o próximo, sem esperar nada em troca. 

Vivamos este Santo Natal na esperança de que, Cristo voltará para julgar os vivos e os mortos. Estejamos vigilantes na oração. Deus abençoe.



 

sábado, 12 de dezembro de 2020

Mãe de Deus, Mãe nossa.

Virgem Maria

Maria é aquela que intercede, sem cessar, por cada um dos seus filhos. Sem dúvidas, assim como Maria cuidou do Salvador, Jesus entrega Sua Mãe para cuidar de nós também. "Mulher, eis o teu filho!" Depois disse ao discípulo: "Eis tua mãe!" A partir daquela hora, o discípulo a acolheu em sua casa" (Lc 19, 26-27). Não dá pra entrar no céu rejeitando o amor materno da Corredentora. Com efeito, Maria é aquela que nos ensina a modéstia, a pureza, a obediência, a perseverança e inúmeras outras virtudes.  Por isso, o auxílio de Nossa Senhora é fundamental em nossas vidas. A intercessão da Virgem nos faz chegar até o destino, pois Maria é a ponte que nos leva até Jesus Cristo.

Para deixar mais nítido o amor de Maria por nós, ela traz mensagens importantes através de suas aparições em diversos locais do mundo. De fato, demostrando o seu amor materno e preocupação com os pecadores. A bem-aventurada aparece a três pastorinhos em Fátima, Portugal, pedindo para os mesmos rezarem, todos os dias, o Rosário pela conversão dos pecadores e pela paz no mundo. Ademais, para fazerem penitência também. Em cada uma de suas aparições, ela demonstra sua maternidade e sua importante mensagem. Ela também aparece a um índio aflito em Tepeyac, localizada no norte da cidade do México, mostrando a sua ternura para com os angustiados. Além disso, pede para o índio, Juan Diego, falar com o bispo para construir uma igreja no lugar da aparição. Ou seja, o amor de Maria é igual para com todos, ela não exclui ninguém do seu amor materno. 

Ela cuida de cada filho que está aflito, atribulado...Maria é exemplo de santidade para todos nós, não adoramos, mas veneramos. O "sim" da bem-aventurada foi fundamental na salvação da humanidade. A sua obediência ao anjo Gabriel que trouxe a mensagem de Deus (cf. Lc 1, 38). E a grande missão que estaria por vir, ela não murmurou, sofreu no silêncio. Maria não é uma mulher qualquer, ela é a cheia de graça, e nenhuma outra mulher pode ocupar o seu lugar. Com efeito, Maria não é um ser divino, mas humana, todavia, a missão que foi dada a ela, não caberia a outra mulher senão ela. Por essa razão, "o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria" (Santo Irineu de Lião). Ou seja, pela desobediência de Eva, fechou-se o céu, mas pela obediência de Maria, ganhamos  Jesus Cristo que abriu o caminho para o céu. Pelo "sim" de Maria, fomos salvos pela paixão, morte e ressureição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só ela e somente ela, a bem-aventurada Virgem Maria, é a cheia da graça. Deus não está no céu somente como Deus, mas também como Homem. Por isto, tudo que a Mãe pede ao Filho, o Filho concede, pois ela foi submissa a Deus na terra. Por esse motivo, devemos sempre pedir sua intercessão, pois “toda graça de Deus chega até nós através da intercessão de Maria Santíssima” (São Maximiliano Kolbe).
 
Ò Mãe, ensina-me a amar e obedecer a Teu Filho, Jesus Cristo.



sábado, 5 de dezembro de 2020

Mt 9, 35-10, 1.6-8

Naquele tempo, 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” 10,1E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. Enviou-os com as seguintes recomendações: 6“Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!”


ESTUDO CONCISO DA PALAVRA:
A vida cristã é missão, é anunciar a Boa Nova do Reino de Deus. E essa responsabilidade é maior na pessoa do sacerdote, pois ele é a figura de Cristo, mas a missão é de todos. O Senhor nos catequisa "de graça recebestes, de graça dai!" (v.8). Assim como Jesus Cristo entregou-nos a salvação, gratuitamente, também devemos levar a salvação, sem esperar algo em troca, àqueles que ainda não conhecem. Nós, discípulos de Cristo, somos mensageiros do Reino e devemos proclamar, sobretudo nos lugares que ainda não foram evangelizados, nos lugares mais carentes, nos lugares onde os povos estão desemparados pelas autoridades, precisamos semear a Palavra de Deus nestes locais onde se encontra desesperança de que algo novo aconteça. Somos chamados a imitar Jesus na missão e na compaixão pelo povo abatido. Os operários são poucos, mas não é motivo para não anunciar a Boa Nova. O Senhor enviará mais operários. Jesus deu esta missão aos Doze e, a partir dos Doze, esta missão chegou até nós. De fato, muito de nós não temos o dom da cura, mas podemos interceder, sem cessar, através da oração. A vida cristã é missão, é buscar restaurar as ovelhas perdidas ao Bom Pastor, por isso Jesus nos ensina "ide, antes, ás ovelhas perdidas" (v.6).

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Lucas 19, 1-10

Rico também pode salvar-se - Naquele tempo, 1Jesus tinha entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. 2Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos e muito rico. 3Zaqueu procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da multidão, pois era muito baixo. 4Então ele correu à frente e subiu numa figueira para ver Jesus, que devia passar por ali. 5Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”. 6Ele desceu depressa, e recebeu Jesus com alegria. 7Ao ver isso, todos começaram a murmurar, dizendo: “Ele foi hospedar-se na casa de um pecador!” 8Zaqueu ficou de pé, e disse ao Senhor: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres, e se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais”. 9Jesus lhe disse: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. 10Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.

Zaqueu, Jesus e a multidão (Foto: Reprodução)

ESTUDO DA PALAVRA:

Zaqueu é um exemplo para aqueles que buscam a conversão, sobretudo, os ricos. Zaqueu se arrepende de todas as vezes que roubou o povo (v.8), pois naquela época era comum o roubo por meio de impostos. Além disso, os cobradores de impostos eram desprezados e marginalizados. Indubitavelmente, Zaqueu estava cansado daquela vida de roubalheira, daquela vida totalmente contrária a lei da justiça. Quando Zaqueu soube que Jesus estava passando por ali, o chefe dos cobradores de impostos observou que tinha uma multidão com Jesus, e Zaqueu era muito baixo. No entanto, o genuíno arrependimento e o anseio de ver Jesus fez com que Zaqueu tomasse uma atitude corajosa a ponto de, um homem baixo, subir em uma figueira. 

Quando estamos, de fato, arrependidos dos nossos pecados, somos capazes de buscar, de diversas formas, o perdão de Deus. O arrependimento faz com que sejamos prestativos com o próximo. Zaqueu se arrependeu de suas iniquidades e disse que daria a metade de seus bens aos pobres (v.8). A penitência faz com que deixemos os instintos egoístas e busquemos a vida segundo o Espírito (cf. Gl 5). Deus veio salvar o que estava perdido, por exemplo, Zaqueu. Jesus Cristo quer que todos conheçam a verdade e busquem o arrependimento. Jesus mesmo disse "Eu não vim para chamar os justos, e sim pecadores para o arrependimento" (Lc 5, 32). Seja quem for, prostituta, ladrão... Se estiver arrependido de seus pecados, Jesus o acolhe com misericórdia e compaixão, e assim como a salvação entrou na casa de Zaqueu, entrará também na sua. Jesus é justiça e misericórdia, aquele que não se arrepende dos seus pecados, se justificará com a justiça divina, porém, aquele que se arrepende de seus pecados, será inundado com a misericórdia e o amor de Deus.



quinta-feira, 12 de novembro de 2020

O vício nos jogos eletrônicos

É relevante lembrar que os jogos eletrônicos em si não é pecado. O cristão que se diverte jogando qualquer tipo de jogo ele tem que ter prudência e temperança. Com efeito, "a paixão pelo jogo corre o risco de se transformar em dependência grave" ( CIC 2413). Ou seja, quanto mais você passar horas, quanto mais você se apegar naquele determinado jogo e suas missões, consequentemente, corre o risco de transformar uma paixão que, pouco a pouco, pode ter como consequência o vício posteriormente.
(Foto: Reprodução)

Outro fator que coloca balbúrdia na mentalidade, principalmente dos jovens, é o conteúdo que o jogo apresenta. É importante termos o bom senso e saber que os jogos que pregam terror, tiro, entre outros com conteúdo violento e erótico, influenciam de certa forma. É até evidente que, por causa dos jogos que apresentam violência, os indivíduos que jogam não demoram para mudar o seu comportamento. Posteriormente, são insubmissos aos pais sobretudo nos afazeres domésticos, imaturos, se tornam egocêntricos, insultuosos e até mesmo insolidários...Acabam dando foco exagerado a tal jogo, e esquecendo do lazer. Caso isso seja obstinado, pode ter como resultado o sedentarismo.

É nítido as graves consequências na saúde mental dos dependentes nos jogos eletrônicos. Nós, sobretudo jovens cristãos, precisamos ser sóbrios em tudo (cf. 1Pd 5, 8).Como já foi dito, não é pecado o jogo em si, mas a dependência é pecado. Para muitos jovens, os jogos eletrônicos é lazer, a princípio não há problemas, contudo que sejam temperantes. De fato, seria melhor e mais saudável um lazer social do que um lazer virtual, mas cada um tem a sua livre escolha.

Praticamente em todos os jogos eletrônicos, tem uma loja com acessórios, equipamentos, para o benefício do jogo e a evolução do jogador, todavia só é liberado com dinheiro real. Falo novamente, não é pecado, mas, falo por experiência própria, tomem cuidado para não se tornarem escravos.

Como jovens católicos devemos ter como modelo a vida do jovem Beato Carlo Acutis. Tal beato gostava de jogar videogame, no entanto, ele era distinto de muitos jovens, pois ele era temperante em relação ao jogo, inclusive essa é uma das virtudes morais que precisamos cultivar: a temperança. O Beato Carlo Acutis jogava videogame uma vez por semana, limitando uma a duas horas por semana.  O santo sabia que se jogasse diariamente iria atrapalha-lo na oração. Por isto, Carlo Acutis fez um acordo com Jesus de que iria jogar uma vez por semana. 

Leia também: História do Beato Carlo Acutis

Por fim, o jovem deve ter discernimento. Deve tomar cuidado com o conteúdo que o jogo apresenta e ser temperante para não ferir o decálogo. Não deixe de orar para poder jogar, não deixe de obedecer seus pais para jogar, não deixe de ir a missa para jogar.

“Estudo, trabalho e oração: eis o que tornará bons os jovens” (São João Bosco)




quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Vocação Sacerdotal

 Antes de tudo, algumas dicas para discernir a vocação sacerdotal:

1. Rezar
A priori, o vocacionado deve orar bastante durante seu discernimento vocacional. A oração é o único meio de nos comunicarmos com Deus. Peça a Deus sinais sobre sua vocação.

2. Participar de encontros vocacionais
Os encontros vocacionais auxilia o vocacionado a discerni sua vocação. Estar presente em encontros é também fundamental na etapa de discernimento vocacional.

3. Pedir conselhos ao pároco
O jovem vocacionado não deve esconder esse desejo, ele deve pedir ajuda, conselhos, em especial para um padre. O sacerdote irá ajudá-lo da melhor forma.

PROVAÇÕES

Primeiramente, “não confundam vocação com aptidão, nem profissão, nem vocabilidade. A vocação é uma questão religiosa. Vocação retrata o sonho de Deus em Cristo para cada um de nós” (Dom Henrique Soares). O chamado ao sacerdócio não é uma decisão nossa de querer ser padre, mas um chamado de Deus que, primeiro, vem o anseio de ser presbítero no interior e depois ele é confirmado pelo exterior. É o Senhor que coloca no recôndito do nosso coração o desejo de ser sacerdote. Não é fácil aceitar esse chamado, pois logo surge pensamentos temerosos que se apresentam como entrave, por exemplo: o medo de deixar a família. O Senhor disse a Abrão: “Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar” (Gn 12, 1).

As provações está presente em todas as vocações, seja elas sacerdotais, episcopais, diaconais, matrimoniais, vida consagrada e em toda realidade. A provação é um tempo difícil, onde todos, sem exceção, passamos diariamente. A provação não se apresenta de repente como uma forte tempestade, mas como "gotas" dia após dia. Quando o jovem sente o chamado de Deus para servir ao sacerdócio, necessariamente, ele precisará se preparar para a provação (cf. Eclo 2, 1). A aflição não é algo que devemos temer, mas confiar em Deus, porque é no momento da fraqueza do ser humano que Deus mostra a sua força. Já dizia São Padre Pio: "Não tema, pois Deus o acompanha. Você sofre, mas tenha confiança também que o próprio Jesus sofre em você e por você". O sofrimento que padecemos não é castigo, mas sim uma provação para você, jovem vocacionado, mostrar sua fidelidade para com Deus através da oração. Metaforicamente falando, se você consegue levantar apenas um carro, Deus nunca te dará um caminhão, ou seja, Deus conhece todos os limites da força humana . Por isto, não se preocupe tanto com a provação ao ponto de gerar ansiedade, Deus nunca dará um fardo que você não suporte (cf. 1Cor 10, 13). 

A provação que o jovem passa durante a caminhada sacerdotal é, sobretudo, a saudade da família. No entanto, com a oração, essa dor é amenizada. Eis aqui, a relevância da oração. O jovem, durante seu discernimento vocacional, deve rezar sempre. Santa Teresinha do Menino Jesus vem nos dizer: "A oração é a respiração da alma", isto é, sem a oração a nossa alma é debilitada. O vocacionado, por meio da oração, deve suplicar sempre ao Senhor para revelar cada dia mais sinais sobre sua vocação. O tempo difícil, as provações, angústias, tribulações só serão vencidas se você se manter perseverante no Senhor por meio da oração. Não tem como fugir das provações, ou você vence ela (através da oração), ou será vencido por ela (se não orar). “Não fujas das mãos do Artífice e não temas: Deus permite as tentações, não para te arruinar, mas para fazer-te mais forte”

Uns são como o profeta Isaías: "Eis-me aqui" (cf. Isaías 6, 8). Outros são como Moisés, colocam obstáculos, isto é, fruto do medo (cf. Êx 3, 11. 4, 10-13). Assim como Deus disse a Moisés, que era gago, o Senhor diz para nós: “Quem deu uma boca ao homem? Quem o faz mudo ou surdo, o faz ver ou o faz cego? Não sou eu, o Senhor? Vai, pois, eu estarei contigo quando falares, e te ensinarei o que terás de dizer” (Êx 4, 11-12). Indubitavelmente, Deus está sempre conosco, é Ele que nos dar força e coragem para enfrentarmos as provações que vierem. Por isso, não há o que temer se confiarmos, autenticamente, em Jesus Cristo. “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Is 41, 10). Por essa razão, vocacionado, você precisa confiar em Deus para enfrentar os medos que irão surgir, os quais tem como objetivo  impedir você de aceitar o chamado do Senhor. Infelizmente, muitos vocacionados desistem da vocação sacerdotal, mesmo sentindo o anseio, pois o medo os corrompe.

Vocacionados, nunca esqueçam, a vocação sacerdotal é uma missão que Deus confiou a vocês. As vezes nos questionamos: "Sou tão simples, incapaz, não tenho condições financeiramente", "Sou muito novo", "Não sei falar em público", e tantos outros questionamos bobos. Moisés, que era gago, Deus o fez libertador do povo de Israel. Jeremias, jovem e imaturo, Deus fez dele um grande profeta. O apóstolo Paulo, o assassino de cristãos, tornou-se o maior pregador de todos os tempos. Saibam de uma coisa, Deus quer transformar a sua vida, Deus quer mostrar aquilo que você acha que impossível no possível. Deus escolhe os esquecidos, os que acham que são incapazes. Assim como Deus escolheu o apóstolo Pedro, simples pescador, para ser pontífice de Sua Igreja, Deus escolhe você para ser sacerdote.

"Não tenham medo de perder a vida por Jesus, Ele é a única causa que vale a pena!" (Dom Henrique Soares). 

RENÚNCIA DE SI

Com efeito, não é fácil a renúncia de si, pois a natureza humana, manchada pelo pecado original, é "agarrada" excessivamente com as coisas mundanas. Mas Jesus nos diz: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e me siga" (Lc 9, 23). Por isto, o jovem que sente o chamado de Jesus para servi ao sacerdócio, necessita renunciar a si mesmo. Ademais, é notório e comum os elementos que obstruem a renúncia de muitos vocacionados: a pornografia, o vício nos jogos eletrônicos, a intemperança na bebida, etc. "De fato, que adianta um homem ganhar o mundo inteiro, se perde e destrói a si mesmo?" (Lc 9, 25). O jovem vocacionado, que sente o ardor pelo sacerdócio, precisa erradicar de sua vida o mal do século: a pornografia. Veja o testemunho  edificante:

“A pornografia e a consequente prática da masturbação era o que mais afetava em minha vida. Quando estava na rua, por consequência da pornografia, eu olhava sem cessar para as partes íntimas das mulheres, pois aquilo era totalmente prazeroso, ainda mais para um jovem escravizado em conteúdos pornográficos. Todo os dias me masturbava, duas ou três vezes por dia. A cada dia eu sentia mais vontade, tinha dias que eu tentava parar, mas não conseguia. Lembro que um dia falei para mim mesmo: "Masturbação não é pecado, é algo natural do homem", veio esse pensamento e fala simultaneamente, como se eu me masturbasse não tivesse problema algum, mas na verdade tinha e era grave. O que ajudava também, infelizmente, no vício da masturbação, era as fotos eróticas, vídeos de meninas dançando sensualmente, ou seja, não era só a pornografia com explícita nudez, mas fotos eróticas e vestes "curtas" também. Com o passar dos anos, cada dia mais viciado em pornografia, meus tios me chamaram para rezar o Terço da Misericórdia, começamos pedindo perdão a Deus por todos os nossos pecados, nesse momento expus todos os problemas, falei que não iria mais me masturbar e supliquei ao Senhor que me libertasse de tal vício. Mesmo depois da noite de oração, no próximo dia, eu fracassei com o Senhor, me masturbei novamente. No entanto, durante a masturbação, eu senti muita vergonha, coisa que eu não sentia tanto antes. E disse: "Senhor, não irei fazer isso novamente", me arrependi, autenticamente, daquele pecado mortal. E no dia seguinte, eu parei de seguir páginas, sites, perfis de meninas que postava fotos eróticas, e tudo aquilo que influenciava para hesitação dos órgãos genitais. Até hoje, nunca mais me masturbei, nem assisti pornografia. Isso tudo, foi fruto da oração, sem dúvidas, Jesus nos ouve. Hodiernamente, sinto abominação por esse pecado grave que cometi em minha vida. Constato algo para vocês:  Ninguém consegue se libertar sozinho, pode até tentar, mas logo voltará ao vício. Somente Jesus pode nos libertar verdadeiramente. Palmas e glórias não sejam dada a mim, mas a Deus que me libertou desse vício hediondo que é, infelizmente, muito comum entre os jovens. Hoje  eu não sinto só o desejo de testemunhar esta libertação que aconteceu em minha vida, mas sinto também o desejo de ser padre.”

Sem dúvidas, a oração é poderosa, e se confiarmos verdadeiramente no milagre de Jesus em nossas vidas, a libertação, de fato, acontecerá. Não conseguimos renunciar a si mesmo sem contar com a mediação de Deus. Se não queremos a intervenção de Deus em nossas vidas, se tornamos autossuficientes. Por esse motivo,  o vocacionado precisa orar e suplicar a Deus, confiantemente, a libertação de todos os vícios na sua vida, pois  tudo o que o ser humano mais precisa é da mediação de Deus.

Além disso, a renúncia de tudo tem que ser por amor a Cristo. A renúncia precisa ser genuína e fiel, afinal, "se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo" (Lc 14, 33).  É preciso deixar tudo para seguir Cristo. É necessário renunciar todas as paixões enganadoras. A renúncia é esvaziar de tudo aquilo que nosso coração está cheio: calúnias, desdém, prepotência, autossufiência, e tantas outras iniquidades. É preciso abandonar todas essas maldades que corrompem a santidade de muitos vocacionados. O jovem vocacionado precisa encher-se da Palavra da Deus, e sempre buscar, a cada dia, ler e meditar a Bíblia. Destarte, se o vocacionado optar mais pelos quatro Evangelho, ele terá uma visão afável e saberá discernir a vontade de Jesus. Dessa forma, tendo uma leitura bíblica por dia, o jovem, pouco a pouco, deixará de ser mundano e viverá conforme o Evangelho.

O nosso maior inimigo somos nós. Primeiro, precisamos nos libertar de nós mesmos. O homem se julga tanto, e com o decorrer dessa prática de autocondenação, acaba-se gerando escrúpulos, pessimismo e tantos outros problemas que acabam adoentando a vida espiritual. O vocacionado precisa desviar desse caminho que leva a alma ao abismo e buscar, cada dia, cultivar as virtudes. O Reino do Céu exige esforço (cf. Mt 7, 13), ou seja, não pensem que buscar o caminho da santidade será uma grande alacridade. Contrariamente, São Padre Pio nos responde o que significa a verdadeira santidade: "A santidade significa preferir a pobreza em vez da riqueza, a humilhação em vez da glória, o sofrimento em vez do prazer. Significa viver com humildade e conduzir os próprios deveres segundo a razão única de agradar a Deus".

A renúncia não é despojar dos dons que Deus nos concedeu , mas sim despojar daquilo que faz mal para alma e ofende a Deus: soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja, acídia. De fato, o vocacionado precisa deixar de viver segundo os instintos egoístas e viver segundo o Espírito (cf. Gl 5, 16). O vocacionado não deve deixar a renúncia para amanhã. Imagine que Deus viesse hoje para julgar todos, e você não tivesse renunciado ao pecado, não podemos negar que foi invigilância. Por isto, nunca deixe para amanhã, viva o presente, viva o hoje. Lembremos de São Mateus que, depois de Jesus ter o chamado, deixou tudo e seguiu Jesus imediatamente (cf. Mt 9, 9).


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Lucas 13, 31-35

Jesus vai até o fim - 31 Nesse momento, alguns fariseus se aproximaram, e disseram a Jesus: Deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar. 32 Jesus disse: Vão dizer a essa raposa: eu expulso demônios, e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. 33 Entretanto preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.

O julgamento sobre Jerusalém - 34 Jerusalém, Jerusalém, você que mata os profetas e apedreja os que lhe foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir seus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas você não quis! 35 Eis que a casa de vocês ficará abandonada. Eu lhes digo: vocês não me verão mais, até que chegue o tempo em que vocês mesmos dirão: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.

(Foto: Reprodução)


Estudo conciso da Palavra:

O que chama atenção, também, nesta passagem é alguns fariseus alertando Jesus que Herodes queria mata-lo. Na verdade, naquele tempo, não existia somente fariseus que profanavam e difamava Jesus, existia também, fariseus que respeitava e admirava Jesus. Nem todos eram hipócritas, existia fariseus bons e maus. Mas diante dessa mensagem que trouxeram a Jesus: "Deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar" (v.31), Jesus não temeu, e disse: "Vão dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho" (v.32). Para os judeus a raposa era considerada o mais astuto de todos os animais, o mais destrutivo, era o símbolo de um homem insignificante e sem valor. Era preciso um homem valente para chamar o rei de raposa. 

Essa coragem que Jesus teve, tenhamos também em nossas vidas. Portemos o destemor para enfrentar o mal, para assim, defendermos o bem comum. O Filho (Jesus) não se intimidou, pois sabia que o Pai (Deus) estava com Ele. Assim temos que ser: Se fomos ameaçados por seguir Cristo Jesus, respondamos com ternura, assim como fez Jesus ao receber a mensagem que Herodes queria mata-lo. Coragem, irmãos, Deus está com aqueles que o invocam. 

"A nossa luta, de fato, não é contra homens de carne e osso, mas contra os principados e as autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos do mal, que habitam as regiões celestes." ( Ef 6, 12)